"Dai-me cem pregadores que nada temam senão o pecado, e nada desejam senão a Deus, e não me importaria se fossem clérigos ou leigos. Com eles eu sacudiria as portas do inferno e estabeleceria o Reino de Deus na terra."


John Wesley

24 de jun. de 2009

Exorcismo – As forças do mal em foco - Por Elvis Brassaroto Aleixo

Depois de décadas, o filme “O exorcista” (pioneiro do gênero de exaltação às forças do mal e assistido por milhões de pessoas) o assunto continua estar nas telas.

Nos EUA, o assunto rendeu milhões na primeira semana de exibição da nova versão desse trabalho, o faturamento girou em torno de U$ 8,5 milhões. Qual a razão de tamanho sucesso e interesse por esse filme 27 anos depois de sua exibição original? A grande atração seriam os onze minutos de imagens cortadas em sua primeira edição. Um outro motivo seria o forte interesse das pessoas, por mais materialistas que sejam, por temas religiosos e proposições de fé.
O exorcismo, ato de esconjurar ou expelir demônios, é encontrado em várias passagens bíblicas. Na época em que o cristianismo se expandia, existiam alguns judeus que praticavam o exorcismo como profissão. Durante os dois anos em que o apóstolo Paulo esteve na Ásia pregando o evangelho aos judeus e aos gregos, foram notórias as extraordinárias obras que Deus fez através das suas mãos. Os seus lenços e aventais eram levados aos enfermos e as enfermidades fugiam dos doentes; os espíritos malignos saíam.

Admirados por tal proeza, alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega. E os que faziam isto eram os sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. Respondendo, porém, o espírito maligno disse: “Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois? E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhorando-se de todos, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa”.
Por causa desse acontecimento veio grande temor sobre todos os habitantes de Éfeso, os feiticeiros queimaram seus livros de magia publicamente, o nome do Senhor Jesus foi engrandecido e a Palavra de Deus cresceu e prevaleceu poderosamente (At 19.13-20).
No tempo de Jesus não havia muitos critérios para que fosse atribuída a uma pessoa possessão demoníaca. João Batista, precursor de Jesus, era tido como possesso: “Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio” (Mt 11.18).

Quando Jesus acusou os judeus de procurar matá-lo, “a multidão respondeu, e disse: Tens demônio; quem procura matar-te?” (Jo 7.20). Ao discursar sobre a parábola do Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas, as palavras de Cristo causaram divisão entre os judeus: “E muitos deles diziam: Tem demônio, e está fora de si; por que o ouvis? Diziam outros: Estas palavras não são de endemoninhado. Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?" (Jo 10. 20-21).
As fórmulas mágicas de Roma

A igreja católica romana reivindica, através da autoridade eclesiástica, ser o canal exclusivo de libertação em casos de possessão demoníaca. No catolicismo, “o exorcismo propriamente dito é reservado aos sacerdotes especialmente designados pelo Bispo diocesano” 3. "Ninguém pode legitimamente fazer exorcismo em possessos a não ser que tenha obtido licença especial e expressa do Ordinário local”4.
Temos na obra “Manual do exorcista” - um pequeno compêndio elaborado pelo Sumo Pontífice León Magno III - orações contra toda espécie de encantamentos; de sortilégios a possessões. “Estas preces foram organizadas para serem entregues ao imperador Carlos Magno, com o intuito de se utilizar no combate às interferências espirituais malignas que pretendessem envolvê-lo”5. Segundo o papa, essas orações fariam que o poder do imperador fosse ilimitado na terra.
Um meio pelo qual se podia valer o exorcista para a realização do ritual era o uso de água benta salpicada nas partes mais afetadas pelo demônio. Se o possuído apresentava o perigo de atacar alguém, era amarrado. O ritual empreendia muitas conjurações, dentre as quais destacamos algumas:
“Deus, a majestade de Cristo, o Espírito Santo, o Sacramento da cruz, a fé dos apóstolos Pedro e Paulo e os demais santos, o sangue dos mártires, a intervenção dos santos e das santas, os mistérios da fé cristã, ordenam-te a obedecer. Saia, violador da lei; saia, sedutor cheio de astúcia e de engano, inimigo da virtude, perseguidor dos inocentes, ceda teu espaço, crudelíssimo, cede-o, imundo; cede-o para Cristo, a quem não pode chegar, pois ele te despojou e te tirou do teu reino, e te encarcerou depois de tê-lo vencido e atirado para as trevas exteriores, onde os mortos esperam a ti e os teus companheiros”6.
A arrogante detenção exclusivista do poder de exorcismo também foi ab-rogada pelos discípulos íntimos de Jesus, assim relatadas nas palavras de João: “Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue. Jesus, porém, disse não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra nós, é por nós” (Jo 9.38-40, grifo do autor).
Embora a autoridade conferida ao exorcista por meio do nome de Jesus seja um notável sinal de poder, isso não lhe garante entrada no reino de Deus: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mt 7.22-23).
A autenticidade da libertação do possesso está fincada na eficácia que há no nome de Jesus, conforme é inferido nos quatro evangelhos. Jesus nunca ensinou a evocar nomes de santas ou santos para este propósito. Paulo e Pedro nunca mencionaram nomes de profetas ou de mártires do Antigo Testamento (Mt 23.37) para obter êxito nos seus ministérios.
Enfatizamos que é, única e exclusivamente, através do nome de Jesus que alguém pode ser verdadeiramente livre da opressão diabólica! (Jo 8.32,36; At 16.18). Tão-somente Ele pode aliviar os oprimidos! (Mt 11.28).
Cristãos endemoninhados?

Existe entre os cristãos sinceros uma preocupação demasiada com a demonologia. Alguns chegam ao absurdo de admitir a possessão de crentes. Esta doutrina tem causado grandes conflitos entre os cristãos que no passado estiveram envolvidos com o espiritismo. Quando velhas criaturas, praticavam a comunicação com os mortos, recebendo entidades espirituais no exercício da mediunidade. Agora, como novas criaturas, temem e acreditam que suas experiências passadas os tornam mais suscetíveis à possessão demoníaca que os outros cristãos.
Para fundamentar esta exótica doutrina, seus defensores alegam a possessão de crentes em alguns casos bíblicos: Judas Iscariotes, Pedro, Ananias e Safira, entre outros.
Quanto a Judas Iscariotes

Apesar de ser um dos doze, não era um cristão autêntico. Em João 6.70 Jesus declara: Não vos escolhi vós os doze? e um de vós é um diabo (grifo do autor). Judas não era como os demais: “Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos. Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais limpos” (Jo 13.10-11).
Arrazoamos ainda: poderia um cristão autêntico roubar? Judas Iscariotes era ladrão: “Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tinha dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava” (Jo 12.6). Seu final não poderia ter sido mais trágico: “E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar” (Mt 27.5).
Quanto a Pedro

Na cerimônia do lava-pés, Pedro não permitiu que Jesus o lavasse: “Nunca me lavarás os pés. Repicou-lhe Jesus: Se eu não te lavar não tens parte comigo” (Jo 13.8). Após ter entendido que esta atitude era equivalente a rejeitar Jesus e seus benefícios, o impetuoso apóstolo pediu que lhe fossem lavados não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça (Jo 13.9). Como vimos, havia um que estava impuro, e este não era Pedro.
Como explicar Marcos 8.33? “Mas ele, virando-se, e olhando para os seus discípulos, repreendeu a Pedro, dizendo: Retira-te de diante de mim, Satanás; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas as que são do homem” (grifo do autor).
Em seu intenso cuidado humano, Pedro serviu de instrumento satânico ao pronunciar palavras que se opunham aos planos de Deus para a salvação da humanidade. Não há nenhuma evidência de possessão, mas, sim, uma influência diabólica a qual todos os que não vigiam estão expostos (Mc 14.38). Alguns momentos antes, na ocasião em que Jesus interrogou os discípulos acerca da sua identidade, Pedro havia sido elogiado: ...Quem dizem os homens ser o filho do homem?... E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo... Bem aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus (Mt 16.13-17)
Depois de algum tempo, em virtude de suas experiências e tendo adquirido maior maturidade espiritual, o apóstolo enfatizou a importância da vigilância e explicou a posição do diabo em relação à vida do cristão: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1Pe 5.8, grifo do autor).
No final de sua vida, Pedro autenticou sua fé como mártir, morrendo crucificado de cabeça para baixo por não se achar digno de morrer como seu mestre 7.
Quanto a Ananias e Safira
“Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás seu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?” (At 5.3, grifo do autor).
Ananias e sua esposa receberam ataques de Satanás – a Bíblia diz: “Não deis lugar ao diabo” (Ef 4.27) – e, em conseqüência, revelaram reações pecaminosas. Jesus disse: “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6.21). A questão em pauta é tão-somente o fato de tentarem mentir ao Espírito Santo e a falta de fé para fazer como os demais discípulos que depositavam aos pés dos apóstolos todo o valor da herdade que possuíam.
Uma impossibilidade à luz da Bíblia

Infelizmente, em alguns cultos “evangélicos” dá-se grande enfoque à atuação dos demônios na vida das pessoas, deixando em segundo plano o louvor e a adoração ao único que é digno de recebê-los (Ap 4.11). Examinando à Bíblia, entendemos que a libertação de pessoas endemoninhadas e a manifestação de espíritos malignos na presença de cristãos era um fator comum decorrente da verdade por Jesus ensinada, pois não pode haver comunhão entre a luz e as trevas. Não se determinava um culto periódico específico para tal prática. Surge a questão: Como deveriam proceder os irmãos da igreja primitiva nas suas reuniões? O apóstolo Paulo responde: “Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1 Co 14.26, grifo do autor). A Palavra de Deus é cristocêntrica. Cristo é o centro das nossas vidas. Nos cultos, Cristo deve ser o centro das atenções!
Não há quaisquer possibilidades de um crente genuíno ser possuído por demônios. O verdadeiro cristão, sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-14), é nascido de Deus (Jo 3.3), e a Ele se sujeita resistindo ao diabo (Tg 4.4) e o maligno não lhe toca (1 Jo 5.18). Não discordamos que crentes aparentes, disfarçados, fiquem possessos. E, diante disso, é aconselhável que alguém com o dom específico de discernir espíritos prove se tal pessoa está realmente endemoninhada.
Essa classe de indivíduos foi comparada por Jesus com o joio, erva daninha inútil que não serve para qualquer proveito. Tais pessoas precisam urgentemente da regeneração do Espírito Santo; do contrário, tendo crescido o joio, deve ser separado do trigo e queimado (Mt 13.24-30). Existe uma gritante distinção entre a aparência e a essência. O Deus que servimos olha para dentro (coração), e não para fora (1 Sm 16.7).
Ratificamos a impossibilidade de o crente ser possuído por demônios com as seguintes considerações:
Somos templo do Espírito Santo e este, por sua vez, não é um visitante esporádico, antes, é um morador permanente que não se ausenta de sua morada (1 Co 6.19,20);
Esse glorioso habitante é zeloso e sente ciúmes de seu santuário (Tg 4.5);
Somos selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é o penhor (garantia) da nossa herança, para a redenção da possessão adquirida, para o louvor da sua glória (Ef 1.13-14);
Somos um povo especial, propriedade exclusiva de Deus (Tt 2.14,1 Pe 2.9) resgatados por um preço caríssimo (Sl 49.8);
Somos auxiliados em nossas fraquezas pela incomparável intercessão do Espírito Santo (Rm 8.26);
Somos mais que vencedores por aquele que nos amou e estamos certos de que absolutamente nada poderá nos separar desse amor (Rm 8.37-39);
O Senhor guarda a nossa alma contra todo mal (Sl 121.5-7);
Jesus é o valente que venceu e expulsou Satanás das nossas vidas, tirando-lhe toda a sua armadura, repartindo os seus despojos (Lc 11.21-22);Se formos infiéis, Ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si próprio (2 Tm 2.13).
A soberania de Jesus sobre os demônios

A possessão demoníaca é uma enfermidade espiritual que pode, às vezes, exteriorizar uma doença física. A Bíblia diz que o Cordeiro de Deus “verdadeiramente tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si” (Is 53.4).
O fariseu Nicodemos reconheceu que Jesus era mestre vindo de Deus por meio de seus singulares prodígios e grande parte desses prodígios estavam relacionados a curas de enfermidades. Em muitos casos, essas enfermidades eram frutos de possessões demoníacas. “E, tendo chegado a tarde, quando já estava se pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos e os endemoninhados. E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam” (Mc 1.34, grifo do autor).
Acontecimentos como esses foram comuns em seu ministério.

Certa vez, Jesus curou um mudo e endemoninhado: “E expulsou o demônio, falou o mudo e a multidão se maravilhou dizendo: Nunca tal se viu em Israel” (Mt 9.33). Houve também algumas mulheres que foram libertas pelo seu poder: “e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios” (Mt 8.3; Mc 16.9).
Lembramos também do relato histórico de um homem, gadareno, que era possuído por demônios. Não andava vestido, habitava nos sepulcros, era muitas vezes aprisionado com grilhões e cadeias e as prisões eram por ele quebradas; temível, era considerado um monstro na sociedade da época. Seríamos capazes de avaliar o rebuliço e a insegurança que causava a todos os moradores da cidade?
O texto diz que repreendida por Jesus, a legião se prostrou diante dele: “E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando, e dizendo com alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes” (Lc 8.28).

Os de demônios chegaram a suplicar-lhe que não os mandasse para um abismo próximo, sendo a eles concedido que entrassem numa vara de porcos que naquele momento pastava no local.
O resultado foi glorioso: “Os habitantes da cidade acharam o homem de quem haviam saído os demônios, vestido, e em juízo, assentado aos pés de Jesus; e temeram” (Lc 8.35, grifo do autor).
Jesus sempre demonstrou sua soberania diante dos demônios, porém houve um caso em que seus discípulos não conseguiram expelir uma legião de demônios devido ao maior grau de resistência dessa legião e a falta de fé revelada pelos discípulos: “e trouxe-o (lunático) os teus discípulos e não puderam curá-lo. Então repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele; e desde aquela hora o menino sarou. Jesus explicou: Esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum” (Mt 17. 16,18, 21).
Absolutamente, não é de qualquer maneira que podemos enfrentar os inimigos das nossas almas. Veja Efésios 6.10-18.
O aparente fracasso dos discípulos causou-lhes desapontamento. Contudo, noutrapassagem podemos contemplá-los cheio de alegria pelo fato de terem os demônios sujeitado-se à autoridade de Jesus a eles conferida (Lc 10.17). Nada era fruto da capacidade humana: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda força do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10.19, grifo do autor).
O mundo jaz no maligno, o deus deste século (2 Co 4.4). Ele tem sob seus domínios os reinos deste mundo (Lc 4.4). O confronto de poderes, luz versus trevas, é inevitável. A Bíblia declara que a vitória é certa (1 Jo 4.4).
Estejamos sempre prontos para este combate como bons soldados de Cristo, lembrando que o maior motivo da nossa alegria não é a sujeição dos demônios, mas, antes, por estar o nosso nome escrito no livro dos céus (Lc 10.20). Devemos sempre tributar adoração àquele que recebeu todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18) e se revelou para desfazer as obras do diabo (1 Jo 3.8).
Notas:

3 Pergunte e Responderemos, Ano XL. Maio. 1999. 444, p. 194.

4 Pergunte e Responderemos, Ano XL. Maio. 1999. 444, p. 197.

5 Manual do Exorcista (Orações do Papa León III). Papa León Magno. Madras 1998 (prefácio).

6 Manual do Exorcista (Orações do Papa León III). Papa León Magno. Madras 1998, p. 78.

7 Ele andou entre nós. Josh Macdowell & Bill Wilson. Candeia. 1988, p. 82

22 de jun. de 2009

PRESENTINHO DA MÁRCIA!


Quero agradecer a Márcia pela indicação do Selo "BLOG É PARA A VIDA TODA 100% IBOPE.
Obrigada pelo destaque em seu BLOG querida!
Acessem o BLOG DA MÁRCIA TÁ LINDO!


12 de jun. de 2009

DESABAFO!

Solidão no dia dos namorados…








Solidão que assola um coração...

Hoje sinto a solidão mais gelada que já esmagou meu coração.
Parece que há toneladas sobre o meu peito, impedindo-me de respirar e sufocando a pulsação do meu sangue.
Está frio… úmido e escuro.

Estou cansada, esgotada e sem perspectiva adiante.
É nojento e doentio… Há sempre milhares de pessoas ao redor, amigos, colegas, conhecidos e desconhecidos.

Conversas, bate-papo, passatempo, flerte, reflexão…
tudo junto, tudo um pouco, tudo muito, ao mesmo tempo, separado…
É sempre cheio de vozes por perto.
As pessoas olham e veêm uma mulher inteligente, bonita, independente, segura, extrovertida, carinhosa, fiel, dedicada…

Mas não há uma única alma que enxergue a solidão.
Um único coração capaz de acabar com esse vazio.
Chega de pessoas reclamando de seus dissabores amorosos incapazes de dar uma nova chance quando a oportunidade se apresenta.

Basta àqueles que acreditam que não existam mais pessoas interessantes o suficiente à sua altura.
Fim àqueles que não acreditam mais.
Que o pó coma os covardes a ponto de não investirem, de não se entregarem ao calor de um beijo.

Desejo o tempo, sim…
nada mais impiedoso que ele…
para aqueles que não conseguem deixar que as coisas aconteçam naturalmente, aqueles que querem colocar o amor num cronograma.

Relacionamentos, sentimentos não são projetos.
Por que tentar prever o amanhã?
Quero pessoas maduras, seguras, corajosas e honestas o suficiente para se arriscarem a conhecer alguém.
Pessoas que estejam dispostas a sair e dedicar um tempo às outras pessoas.
Movidas pelo incontrolável desejo de sentir o sangue pulsando em suas veias.
Mantidas pela entrega à emoção do momento.

Não estou dizendo “aproveite e saia com todos”, não estou dizendo aproveite o “ficar cada dia com alguém diferente”.
Muito pelo contrário, estou dizendo “arrisque-se a realmente estar com alguém”.


Sinta a intensidade do contato com uma outra pele.
Quero pessoas que ousem dizer o que pensam e sentem de verdade.
Quero pessoas que possam se envolver aos poucos, que possam se entregar e se deixar deslumbrar pelas diferenças.
Que queiram se sentir novamente encantadas.
Que consigam dizer que gostaram, que possam falar “mais uma vez”.
Que estejam totalmente à vontade e ao mesmo tempo conscientes de que podem dizer “então, quando é que vamos nos ver de novo”

Sabendo que esse carinho demonstra uma atitude sincera e corajosa, mas que isso não significa um compromisso.

Pessoas maduras, relacionamentos sinceros e jogo limpo… ou, por que não chegar ao “sem jogo”?



Por que não alcançar o amar-se naturalmente?
Da única maneira que isso pode acontecer como uma mágica sem explicação… que você nem viu acontecer, mas que te faz sorrir


Hoje, lembrei-me das expressões tristes de alguns colegas de trabalho e os das pessoas na rua.
Tanta gente só, como "EU", querendo ser amada!

Mas o que então impediria o encontro?

Talvez as pessoas estejam tão cauterizadas pela dor, tão tomadas pelo medo que se sintam incapazes de mostrar quem realmente são ou o que lhes vai no coração.


É tão fácil despir o corpo, tão difícil despir a alma, retirar as máscaras e mostrar quem realmente somos!

É tão difícil crer na verdade daquele que confessa sincero sentimento, pois somos o tempo todo enganados por outros, que em suas vilanias abusam da fragilidade emocional alheia!

É tão triste que um dia criado para ser alegre seja tão deveras doído para mim e para tantos!

Bom, é o que penso neste momento. Digo neste momento por dar-me o direito de mudar de idéia.





Daniela Gad (aliás, meus parabéns!)

9 de jun. de 2009

PEDOFILIA




O Evangelho de Mateus, capítulo 5, versículos 27 - 30, diz:

" Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.
Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
E, se a tua mão direita te escandalizar; corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno "

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8 de jun. de 2009

Sarah Sheeva - Abstinência Sexual

A cantora, filha de Baby do Brasil e Pepeu Gomes, afirma não praticar sexo há nove anos, desde que se converteu à Igreja Celular Internaci onal.Agora, escreve livros e viaja pelo Brasil como missionária da fé.


"Quando eu não vivia sem sexo, ninguém me chamava de doida e hoje vão chamar?", diz a cantora Sarah Sheeva, durante a entrevista concedida a QUEM, no restaurante Praça São Lourenço, em São Paulo. Sarah afirma que era ninfomaníaca e promíscua e que não conseguia ficar nem uma semana sem sexo. Agora, diz, pratica abstinência há nove anos. A mudança ocorreu depois que ela se converteu à Igreja Celular Internacional, há quase 11 anos. Na época, sua família não aceitou. Filha mais velha da cantora Baby do Brasil e do compositor e guitarrista Pepeu Gomes, Sarah diz que os pais acharam que ela estava louca e que a mãe ficou dois anos sem falar com ela. As duas só se reaproximaram quando a própria Baby virou pastora de outra igreja, o Ministério do Espírito Santo de Deus em Nome de Jesus.

Solteira, Sarah, de 35 anos, acaba de se mudar para um apartamento em São Paulo com a filha, Ranaah, de 16 anos, de sua relação com o pecuarista Fernando Santos, mas passa a maior parte do tempo viajando. Ela dá palestras em igrejas de todo o Brasil. Sarah, que já teve um grupo de música pop, o SNZ, com as irmãs Nana Shara e Zabelê (o grupo foi criado em 1998 e acabou em 2002), gravou um disco de música gospel e escreveu dois livros. O primeiro, Defraudação Emocional, dá dicas tanto para os solteiros se relacionarem como para os casados manterem a união. Com sexo, é claro. O segundo, Onde Foi Que Eu Errei?, foi lançado na semana passada e ensina a criar os filhos. Ambos são comercializados na igreja e em seu site pessoal. Falante, bem-humorada e sem papas na língua, Sarah conta como a religião entrou em sua vida e diz que não teme ser chamada de fanática.


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ENTREVISTA COMPLETA


QUEM: Como você se converteu?


SARAH SHEEVA: Foi muito doido. Me converti há quase 11 anos, após ter uma experiência muito ruim. Eu vi uma pessoa da minha família incorporar e vi um espírito maligno dentro dela. Na hora, a primeira coisa que vem na cabeça é que você enlouqueceu, que foi uma miragem, fruto da imaginação. Até então, eu não acreditava em nada. Eu caçoava dos cristãos e crentes, zombava, xingava de fanáticos. Depois disso, entrei no meu quarto e fiz uma oração particular a Deus, pedindo para saber se a Bíblia era verdade e se Jesus Cristo era Deus. Ao final de duas semanas, ele me respondeu.

QUEM: O que Deus falou para você?


SS: Jesus falou comigo que era Deus e que a Bíblia não é uma lenda. Ouvi a voz dele.


QUEM: Você usava drogas nessa época?


SS: Eu não fumava maconha, não cheirava cocaína nem bebia. Eu tive uma criação muito liberal, nunca fui proibida de nada, então nunca quis fazer nada. Então, quando eu vi isso, meu mundo caiu.


QUEM: Por que Deus falou justamente com você?


SS: Eu costumo dizer que ele me escolheu porque não tinha ninguém pior na minha casa, e para mostrar o quão poderoso ele é. Porque, se ele deu jeito em mim, ele dá jeito em qualquer um. Se você soubesse como eu era (risos)… eu era terrível.


QUEM: Como você era?


SS: Eu era uma pessoa emocionalmente desequilibrada, tinha altos e baixos, depressão, acessos de ira e raiva, era inconstante e achava que era feliz. Eu também era viciada em relacionamento.
Eu era bem promíscua. Andava com camisinha na bolsa e achava que sexo era apenas um momento. Eu não tinha limite.


QUEM: Viciada em sexo?


SS: Em sexo. Eu era considerada ninfomaníaca e não conseguia ficar nem uma semana sem sexo. Eu estava sempre atrás de um relacionamento e era bem promíscua. Andava com camisinha na bolsa e achava que sexo era apenas um momento. Eu não tinha limite.


QUEM: Você chegou a ter relações homossexuais?


SS: As duas coisas de que eu escapei foram sexo grupal e homossexualismo, e acredito que isso é porque sou uma mulher muito possessiva (risos)! Eu não conseguiria dividir meu parceiro. Já o homossexualismo, brinco que, de peitos e vagina, já bastam os meus! Pele lisinha? Deus me livre! Eu gosto é de uma barba por fazer, sempre gostei mesmo é de um sovaco cabeludo (risos)!

QUEM: Há quanto tempo você faz abstinência sexual?


SS: Eu faço abstinência há nove anos, mas não foi de cara, tive os meus deslizes. Eu levei dois anos para me firmar, para me organizar e ter uma vida correta.


QUEM: Não sente falta de sexo?


SS: Hoje em dia eu não sinto falta. E, não se escandalize, eu não pratico masturbação. Eu realmente me purifiquei porque sou uma missionária. E as minhas mãos precisam ser puras. Eu não posso pôr a mão sobre uma pessoa e não ter a mão purificada no espírito. Sou uma mulher santa nesse aspecto.


QUEM: Não teme ser rotulada de fanática?


SS: Por quê? Quando eu não vivia sem sexo, ninguém me chamava de doida e hoje vão me chamar? Por favor, né? É uma incoerência. Não consigo entender. Eu acho o máximo fazer abstinência. Imagina se aparecer para mim um marido. Ele não vai achar o máximo? Qual o homem que não sonha com uma mulher só para ele?


QUEM: Você não pratica sexo, mas escreveu um livro dando dicas para casais.


SS: No livro Defraudação Emocional, falo sobre a angústia do cristão solteiro, que quer casar com a pessoa certa. A Bíblia ensina que a mulher deve esperar, que ela deve ser cortejada, que tem que existir romantismo, mas hoje em dia as mulheres reclamam que os homens estão muito devagar, muito parados.


QUEM: E o livro Onde Foi Que Eu Errei?, lançado há uma semana?


SS: Esse fala sobre a criação dos filhos, e cito os dez erros que os pais cristãos cometem, fazendo com que os filhos saiam dos caminhos do Senhor. Coisas como reprimir demais, por exemplo. É um grave erro. Os pais devem dar escolha aos filhos em vez de proibi-los de tudo.


QUEM: Como sua família reagiu quando você se converteu?


SS: Um dia depois de falar com Deus, liguei para minha mãe para contar o ocorrido. Ela não acreditou, me xingou e bateu o telefone na minha cara. Depois, ficou dois anos sem falar comigo, porque achava que eu havia me tornado uma beata de igreja, aquele estereó­tipo cafona, e, na verdade, nem todo mundo é igual. Sabe aquela idéia de que não pode raspar, não pode depilar, só pode usar coque e saião? Dois anos depois, minha mãe se converteu e voltamos a nos falar.


QUEM: Você converte as pessoas?


SS: Quem convence é o próprio Espírito Santo. Eu posso despertar um interesse na sua vida, te falar do Evangelho, mas não tenho o poder de virar uma chave no seu íntimo e fazer você se abrir para uma coisa. Sou missionária, pregadora da palavra, cantora e ministra de louvor. Meu trabalho não é evangelístico, mas de edificação, para que o público se purifique.


QUEM: Você se chamava Riroca. Por que mudou de nome?


SS: Essa história já tem mais de 15 anos, e tento o máximo possível não remeter a esse assunto. Riroca, em tupi-guarani, significa casa do amor. Era um nome muito esquisito. Algumas pessoas não entendiam e me chamavam de palavrão. Desenvolvi uma timidez excessiva e os meus pais entraram na justiça pedindo que alterassem o meu nome. Foi a melhor coisa que eles fizeram. A partir dali, eu me tornei uma menina normal.



5 de jun. de 2009

3 de jun. de 2009

Queda do avião 447 da Air France: Deus ainda fala nos dias de hoje

A voz de Deus salvou do voo 447 da Air France o pastor missionário da Assembleia de Deus em Paris, Gláucio Oliveira, 29 anos. O religioso já tinha reservado um lugar no avião que caiu no Oceano Atlântico, quando recebeu, na última quinta-feira, uma "ordem" para não prosseguir com a viagem. O recado foi dado por uma amiga.
Jussara Gonçalvez, 37 anos, participava de um grupo de orações e foi chamada pela colega Renata Carnevale, 30, que dizia ter recebido uma mensagem do Senhor. “Não deixe o varão viajar, a cova dele está aberta. Ele vai morrer”, afirmou Renata.
Chorando muito, Jussara ligou na mesma hora para o pastor. Assustado, Gláucio não confirmou a reserva: “Eu ia de TAM no sábado, mas, desde que um amigo, também pastor, morreu num acidente da empresa, eu só voo de Air France, que considerava o melhor avião do mundo. Mas Deus me enviou a Renata, que recebeu a revelação de que, se eu entrasse naquele avião, minha cova estava aberta. Nós só nos vimos uma vez, ela nem sabia que eu ia viajar. Por isso, quando a Jussara me transmitiu a mensagem, fiquei apavorado. Orei a Deus e senti no coração que não devia ir. Ele foi fiel a mim, porque sempre lhe obedeci”.
Renata, a mulher que salvou a vida do pastor, está de cama desde a manhã de segunda-feira, quando soube da queda do avião. Por telefone, ela confirmou ter recebido uma mensagem de Deus: “Não foi visão, eu apenas entreguei um recado do Senhor”.
FONTE: Evangelho Hoje
http://evangelhohoje.blogspot.com
 
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